Eu me demito: fenômeno da grande resignação chega ao Brasil
A necessidade de distanciamento social com a pandemia acabou consolidando o modelo híbrido de trabalho (alternância entre o trabalho presencial e remoto) entre as empresas. De acordo com a 18ª edição do Índice de Confiança Robert Half, o modelo será usado neste ano por 48% das empresas entrevistadas.
O levantamento mostra ainda que 38% das empresas devem retornar ao modelo 100% presencial, enquanto apenas 3% devem permanecer no modelo 100% home office. Na pesquisa, 11% dos entrevistados afirmaram ainda não ter o modelo definido para 2022. Em junho, esse índice era de 58,1%.
Entre as empresas que já definiram o modelo híbrido de trabalho para 2022, a maioria optou por um maior equilíbrio entre casa e escritório, com 30% delas exigindo a presença dos trabalhadores no escritório por três vezes por semana, e 28%, duas vezes por semana. Apenas 4% definiram o escritório como local de trabalho em quatro dias, e 6% deverão comparecer apenas uma vez por semana.
Desafios para o retorno ao escritório
O levantamento também ouviu 387 profissionais empregados sobre os maiores desafios que devem enfrentar no retorno ao escritório. Desse grupo, 66% apontaram o desgaste com deslocamentos; 55% indicaram a dificuldade de readequação de uma rotina que já havia sido definida com o trabalho remoto; e 43% ainda se mostram desconfortáveis com a exposição a aglomerações em reuniões e espaços compartilhados.
A preocupação em manter o nível de produtividade e a perda da convivência com familiares também foram citadas, com 35% e 24% das menções, respectivamente.
A 18ª edição do Índice de Confiança Robert Half mostra ainda que 49% dos empregados pretendem buscar novas oportunidades em 2022. Questionados sobre a motivação da mudança, 61% pretendem mudar de empresa, mas querem permanecer na mesma área. Os outros 39% afirmaram ter interesse em uma nova área de atuação, mudança de segmento ou profissão.